Essa talvez seja uma das maiores e mais pertinentes questões do universo de investimentos nos últimos anos: uma estratégia de investimentos baseada nas decisões de um robô dá melhores resultados? Difícil responder que sim….
Quando decidimos criar o Patrimoney, pudemos contar com um projeto de consultoria valiosíssimo de um grupo de alunos do MBA da Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Um dos temas de maior debate interno foi sobre a definição de usarmos ou não um robô para tomar as decisões de investimento. Chegamos à conclusão de que a utilização de robôs até faz sentido num país desenvolvido como os Estados Unidos, pois seu mercado financeiro tem muita liquidez e um número enorme de tipos de investimentos disponíveis. No Brasil, entretanto, a utilização de robôs não faz muito sentido, pois a liquidez ainda é muito baixa e o número de ativos disponíveis também. Enquanto lá existe um mercado de renda fixa (Bonds) de grande liquidez, aqui o mercado de debêntures começa a dar seus primeiros passos, só para dar um exemplo.
Além do problema de liquidez do mercado outro aspecto complicado da utilização de robôs é que eles basicamente procuram padrões de movimentos de preços do passado para tentar projetar o futuro. Fundamentalmente não gostamos dessa estratégia, pois entendemos que como o mundo está em contínuo processo de evolução e mudanças, os paradigmas do passado podem não funcionar daqui para frente.
Um aspecto a se observar na carteira gerida por robôs é que o investidor deve estar ciente de que deverá seguir aquela estratégia por prazo longo, pois o robô compara os retornos de mercado por 5, 10 ou até 20 anos! E se no “meio do caminho” sua carteira estiver perdendo? Você seria capaz de manter aquele conjunto de investimentos perdedor por 5 ou 10 anos por exemplo? Simplesmente baseado numa análise estatística de um computador? Aqui no Patrimoney não temos esse “sangue frio” todo. Preferimos uma estratégia de prazo mais curto, mais fácil do cliente entender e mais fácil de corrigir a rota caso alguma coisa dê errado!
Além disso entendemos que é importante saber articular uma razão específica para uma decisão de investimentos. Em outras palavras, se um cliente nos pergunta: por que vocês estão recomendando uma alocação em ações? Preferimos explicar pra ele as razões reais do que simplesmente dizer: “porque o robô mandou….”
Isso gera confiança! E a confiança gera alinhamento e tranquilidade. Isso faz toda a diferença!
Optamos conscientemente então pela NÃO utilização de robôs na definição dos investimentos do Patrimoney. Entendemos que a leitura humana de mercado ainda é a mais eficiente dadas as características do mercado brasileiro! O que fizemos foi dar maior previsibilidade e consistência ao nosso processo de investimento através da aplicação de uma metodologia proprietária única, testada de forma que todos pudessem avaliar seus resultados com segurança.
Antes de investir em uma metodologia é importante que o cliente converse bem com os “experts” de cada linha e com clientes das duas. Aí ficará mais fácil tomar uma decisão.