Novo governo: como ele pode afetar seus investimentos?

Jair Bolsonaro foi eleito com 55% dos votos e toma posse dia 2 de janeiro. Início de governo é sempre uma fase caracterizada pelo grande capital político do presidente eleito e, portanto, tende a ser o momento ideal para as reformas mais importantes. Descubra como seus investimentos podem ser afetados!

O que pode mudar?

Segundo as poucas entrevistas e declarações dadas pelos membros da futura equipe econômica, podemos esperar políticas econômicas mais liberais, como cortes de gastos, incluindo a reforma da previdência, uma simplificação de impostos e a volta das privatizações.

O que não deve mudar?

No cenário de curto e médio prazo, ainda vamos sentir os benefícios de medidas do governo atual, como a inflação controlada que, aliada a atividade econômica ainda fraca, deve seguir baixa e dentro da meta no próximo ano. Dessa forma, também podemos esperar que os juros continuem em patamar mais baixo, ainda que se eleve um pouco para uma taxa mais neutra, com a Selic mais perto de 8%, ou cerca de 0,6% ao mês ao longo de 2019.

Uma coisa é certa: se você não investir e deixar seu dinheiro parado na conta do banco, ele vai ser “corroído” pela inflação. Portanto você deve escolher um investimento adequado. Rápido!

E a volatilidade dos seus investimentos?

O Brasil precisa de importantes reformas para adequar sua situação fiscal e voltar a crescer. Especulações sobre essas reformas e o andamento das aprovações podem sim causar volatilidade no mercado, tanto por expectativas positivas como por frustrações no caminho a ser percorrido. Além disso, o cenário lá fora também pode contribuir com volatilidade, considerando-se as discussões sobre o comércio mundial e a economia americana em aquecimento, que pode fortalecer ou enfraquecer o dólar.

E se o Brasil der certo, como investir?

O crescimento do PIB do Brasil na última década ficou bem abaixo do resto do mundo. Portanto, reformas que visam a melhora no cenário macro podem atrair mais investimentos e ajudar o país voltar a crescer de maneira mais acelerada. Nesse melhor cenário, investimentos em ações podem trazer bons retornos nos próximos anos. Na renda fixa, o crédito privado também pode ser uma boa oportunidade de retorno adicional, devido à possibilidade de expansão com os novos investimentos e a perspectiva de inadimplência sob controle. Fundos multimercados, que correm mais risco apostando em diversos ativos, com gestores experientes de histórico comprovado, também podem ser uma interessante opção para um retorno adicional com mais risco.

Mas eu quero ser cauteloso e me proteger

Os investimentos de menor risco são atrelados à taxa pós-fixada CDI. Nesses investimentos, via LFT no tesouro direto ou fundos de renda fixa referenciados, o investidor está protegido de oscilações, e seus rendimentos ficam atrelados ao CDI. Se o risco for a perda do poder de compra via uma alta da inflação no longo prazo, nesse caso, fundos de investimento em títulos que corrigem pela inflação, ou a NTN-B pelo tesouro direto, são boas opções, mas nesse caso, também podem ter volatilidade no curto prazo devido a marcação a mercado.

Agora, atenção sobre possíveis alterações na tributação dos investimentos:

Com políticas mais liberais, alguns subsídios e isenções podem ser alterados. Um exemplo, seria a hipótese de títulos de renda fixa para pessoa física perderem a isenção de imposto de renda, como LCIs e LCAs. Nada foi anunciado, mas, considerando o déficit público atual e a declaração do futuro ministro de querer simplificar a carga tributária no Brasil, é sempre uma possibilidade, que inclusive já foi considerada anteriormente pelo governo Dilma e pelo atual governo. Mas não se preocupe com investimentos já realizados. Mudanças em tributação só ocorrem para novas emissões uma vez que a legislação não permite a tributação retroativa.

E os dividendos, podem ser tributados?

No Brasil, os dividendos de ações são isentos de IR, uma vez que as empresas já são tributadas. Mas em outros países, essa bi-tributação é comum. Nos EUA, por exemplo, essa alíquota é de 15%. Portanto, com a possibilidade de uma reforma fiscal, não descartamos a taxação futura de dividendos, o que poderia levar investidores a realocar entre ações ou repensar estruturas, como por exemplo, investimentos em clubes e fundos que reinvestem em ações e tem o imposto postergado.

Independente das mudanças que podem vir, o importante é que você esteja bem assessorado sempre, continuamente! Não espere algum problema ocorrer para procurar um profissional. Hoje você pode contar com essa assessoria pelo seu celular!

Bom, se você quer saber mais sobre o assunto, preparamos um vídeo muito esclarecedor, com o Ricardo Ribeiro (MBA em Harvard) e para assistir basta acessar: https://sonar.pages.pipz.io/webinar-novo-presidente